Adolescente narrou os momentos de terror que viveu antes de ser morta. (Foto: Reprodução / Internet)

Os posts em que a adolescente Cristiane Carvalho Guimarães, de 17 anos, narra a violência pela qual sofreu, e avisa que vai morrer, continuam viralizando nas redes sociais. A jovem foi dopada, estuprada e assassinada no último sábado (13), em Itapiranga, a 226 quilômetros de Manaus.

No post compartilhado no Facebook, a jovem pede desculpas aos pais e aos filhos, e descreveu os nomes dos suspeitos que a violentaram e a mataram a tiros.

“Venho aqui para me despedir de todos. Vou morrer daqui a pouco. O Licinho e o Campanga me estupraram uma noite inteira. Eles vendem droga e drogam a gente e depois estupram e batem. (Licinho, filho da macumbeira Iza e campanga Weliton). O Licinho me coronhou com uma arma 38. Me perdoa pai me perdoa mãe me perdoa meus filhos. Saiam dessa vida loka (sic)”, escreveu Cristiane.

Além disso, ela também aconselhou a irmã mais nova, e desabafou que havia sido estuprada pelo primo quando tinha 12 anos.

“Que isso sirva de exemplo para você Aline, para de pegar droga pra vender e pra fumar (…). O Henrique meu primo me estupra desde quando eu tinha 12 anos”, relatou ela.

Bandidos também divulgaram localização do corpo da vítima pelo Facebook

Depois de assassinarem Cristiane a tiros, os criminosos usaram o perfil dela na rede social, para darem as coordenadas sobre o local onde abandonaram o seu corpo. Eles ainda assinaram a sigla da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no fim da mensagem.

“O corpo está no igarapé do puraquer, atrás do cosmo tem uma picarreira. No lado da picarreira tem um ramal, entrar no ramal, pega o da esquerda e vai direto (…) CV.”, detalharam os bandidos.

Investigação

O corpo da vítima foi encontrado exatamente no local indicado pelos criminosos. As investigações que apuram o caso apontam que a vítima teria sido executada por acerto de contas. Ela teria uma dívida de R$3 mil com fornecedores de drogas do município.

(Imagem: Reprodução)

Conforme o delegado Aldiney Nogueira, a polícia foi comunicada do caso ainda na última sexta-feira (12), quando a ocorrência ainda era tratada como sequestro e cárcere privado.

“Iniciamos os trabalhos no mesmo dia, mas infelizmente, já a encontramos sem vida. Entretanto, estamos seguindo com as investigações, a fim de encontrar e prender esses dois suspeitos, para darmos uma resposta à comunidade local, onde a comoção social se deu pela covardia e da gravidade do crime”, afirmou o delegado.

Licinho e Wellitton seguem sendo procurados pela polícia. (Em Tempo)