Atentado terrorista contra sede do Departamento de Defesa deixou 184 mortos. FOTO: Reprodução/vault.fbi.gov

O sábado (11) marcou vinte anos do evento que chocou o mundo no início do século XXI. Os ataques terroristas de onze de setembro cometidos nos Estados Unidos que deixaram quase três mil mortos.

As imagens icônicas do ataque às duas torres do World Trade Center são as primeiras lembranças que vêm à mente quando se fala daquele dia. Mas outros locais foram alvo do  grupo terrorista Al-Qaeda. Um deles foi o Pentágono, sede de todo sistema de Defesa estadunidense.

Um dos prédios mais facilmente reconhecidos do mundo, pelos seus cinco lados, foi atingido por um Boeing 757, da American Airlines. No total, 189 pessoas morreram, 64 delas estavam no voo(incluindo os sequestradores) e outras 125 estavam no edifício.

Esse ataque em específico é alvo de uma das grandes teorias de conspiração sobre onze de setembro. Para algumas pessoas, o Pentágono não foi atingido por um avião e sim por um míssil.

Essa teoria surgiu porque nos primeiros anos depois do atentado não se tinha acesso a nenhuma imagem registrando o momento exato em que o avião colide com o edifício. O que é estranho para um dos locais chave para a segurança do país, que por isso deve ter um forte esquema de monitoramento.

Alguns defensores dessa teoria questionam ainda o fato do FBI, a polícia federal dos EUA, ter confiscado câmeras de segurança de estabelecimentos da região próxima ao ataque.

O Pentágono se recusou a divulgar os vídeos da colisão do avião na ala Sudeste do prédio, que ficou colapsada devido à gravidade do impacto. A justicativa foi a necessidade de preservar as imagens, como parte da investigação criminal sobre os ataques, a cargo do Departamento de Justiça do país.

Depois, uma nova justificativa do governo dos Estados Unidos para não divulgar as imagens do incidente foi o julgamento de Zacarias Moussaoui, membro da Al-Qaeda que participou de forma indireta dos ataques. As autoridades tiveram receio de que a divulgação das imagens induzisse o júri do caso. Mesmo sem a divulgação do vídeo, o terrorista foi sentenciado a prisão perpétua.

Em 17 de maio de 2006, após um pedido judicial, o Departamento de Defesa divulgou oficialmente um vídeo com imagens do Boeing atingindo o Pentágono. A câmera, de baixa qualidade, usada para identificar a placa de carros que entravam no local, flagrou o avião atingindo o prédio, seguido de uma enorme bola de fogo e fumaça preta.

Assista ao vídeo:

“Nós lutamos muito para obter esses vídeos, pois achamos muito importante completar o registro público em relação a esses ataques terroristas”, declarou Tom Fitton, presidente da Judicial Watch, organização que solicitou a divulgação das imagens.

Ainda segundo Fitton, em entrevista na época da divulgação, a motivação para tornar pública as imagens era justamente tentar derrubar as teorias da conspiração envolvendo o ataque.

Um documento do departamento de Defesa de 2012, obtido pela imprensa americana revelou que “restos mortais” encontrados na área do ataque, mas não foi possível fazer a identificação desse material, que foi cremado.

Somadas a essas provas, o FBI divulgou em 2017 novas fotografias dos momentos pós-ataque ao Pentágono. No chão, foram encontrados destroços da aeronave da American Airlines, sequestrada pelos radicais para realizar o ataque.

Confira uma das imagens:

Destroços do Boeing 757-223, separados pelas equipes de emergência após o atentado. FOTO:
REPRODUÇÃO / FBI

(MONITOR7)