Após a suspensão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energia, tomada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o deputado estadual Sinésio Campos (PT) posicionou-se, nesta quarta-feira (08), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Para ele, o requerimento que originou a Comissão não é genérico.

“O fato gerador está claro, cristalino, e não inconsistente como aponta a liminar da justiça. Queremos investigar o porquê das altas tarifas, dos inúmeros blecautes, das redes elétricas que não atendem a necessidade da população amazonense. Nesse fim de semana estive em 16 municípios e todos, de forma consensual, sofrem com o mesmo problema. Tenho a certeza que o próprio Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensorias Públicas e o Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) recebem, diariamente, denúncias do fato gerador, em questão. Desejo agora que quando a Procuradoria da Aleam receber a notificação recorra, visto que essa CPI não pode parar e o povo aguarda por respostas”, enfatizou o autor e presidente da Comissão, deputado estadual Sinésio Campos.

O parlamentar afirmou, ainda, que o ato da Amazonas Energia frente ao pedido de suspensão da CPI foi uma ação covarde. “A Amazonas Energia, ao invés de esclarecer à população sobre o péssimo serviço que vem prestando à sociedade, provocou a justiça para que num plantão de sábado à noite, durante o feriado, em um ato covarde suspendesse a CPI da Energia. Eles sabem que uma CPI vai descobrir coisas e tem gente graúda que está com medo. Ela esquece que é uma concessão pública e como concessão pode até ser cassada. Essa Casa não vai se curvar”, finalizou Sinésio Campos.

A suspensão da CPI da Energia foi decidida pelo desembargador Airton Luís Corrêa Gentil, do TJAM, durante plantão judicial, no sábado (4). A Comissão foi aberta na quarta-feira (1) com o objetivo de investigar possíveis irregularidades na geração e distribuição de energia pela empresa Amazonas Energia. A Comissão é composta pelo deputado estadual Sinésio Campos, como presidente, Carlos Bessa (PV), como relator, Dermilson Chagas (Podemos), Fausto Júnior (MDB) e Cabo Maciel (PL).