Equipe da FVS-RCP se deslocou ao município para analisar amostras dos tucumãs que estariam envenenados.

A morte de uma criança de 8 anos pela ingestão de tucumã envenenado na comunidade de Irapajé, na zona rural de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus, acendeu suspeitas de um surto de Doença Transmitida por Alimento (DTA), segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Outros 30 casos estão sendo investigados.

Após a notificação do possível surto enviada pela Vigilância em Saúde do município, uma equipe da FVS-RCP se deslocou a Manacapuru e à comunidade para realizar a coleta de amostras dos tucumãs que estariam envenenados, para uma análise sobre composição, deterioração, processamento, conservação e qualidade do alimento. A suspeita é que os tucumãs teriam sido envenenados por um produto químico usado para amadurecer o fruto.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manacapuru confirmou a suspeita dos casos e indicou aos moradores do município que não consumam o fruto, em nota, nesta quarta-feira, 14. O órgão informou que os sintomas dos infectados incluem diarreia, com coloração esverdeada, náuseas, vômito, dor epigástrica intensa e febre após a ingestão do tucumã.

“Informamos a todos que amostras do fruto consumido já foram enviadas para o laboratório da FVS/AM em Manaus para que possam ser analisadas. No entanto, pedimos a população que não consuma o tucumã, especialmente oriundos das comunidades do Rio Manacapuru até que esta Secretaria possa manifestar-se com clareza e evidências acerca do agente causador desse surto de infecção alimentar ocorrido nestes dias”, disse a nota.

A morte de Kaio Nascimento Maia, de 8 anos, foi confirmada pela escola onde a criança estudava, Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Washington Luís Régis da Silva, que emitiu uma nota sobre o caso. Segundo informações, após o consumo do tucumã, o menino teria sentido uma intensa dor no estômago e foi internado no Hospital Geral de Manacapuru.

O chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP (DVE/FVS-RCP), Alexsandro Xavier, apontou que a investigação oportuna do surto notificado permite a identificação e eliminação das fontes de contaminação e controlar os casos confirmados da doença. “Serão analisadas as amostras em laboratório para elucidar a provável causa e poder confirmar a existência do surto”. (CENARIUM)