A atriz Maria Bopp vive influenciadora em 'As seguidoras'. - Foto: Divulgação

Uma influenciadora digital que leva a obsessão pela imagem às últimas consequências. É essa a premissa de As Seguidoras, nova série original do Paramount+ estrelada pela atriz Maria Bopp. O trailer oficial da produção foi divulgado neste sábado (4) na CCXP Worlds 2021, que neste ano acontece novamente em formato virtual. Produzida pelo Porta dos Fundos, a série chega ao streaming em 2022.

Na história, ao ser cancelada nas redes sociais, a influencer Liv acaba matando um de seus seguidores. Ao perceber que um crime gera mais engajamento do que a sua rotina, ela fica viciada em matar. “É mais fácil esquartejar uma pessoa e ocultar o corpo do que passar pelo tribunal do Twitter”, diz a personagem.

Enquanto isso, Liv é observada por Antonia, uma podcaster de True Crime que decide investigar a influencer e revelar seus crimes. Para a criadora de As Seguidoras, Manuela Cantuária, criar essa antagonista na arena virtual faz com que o público possa se identificar. “No Brasil é muito difícil retratar um núcleo policial com verossimilhança na ficção, e hoje em dia muitos podcasts de True Crime que fazem análises de casos mais profundas até mesmo do que a polícia”, conta a roteirista.

A atriz Maria Bopp, que já tem experiência com a ironia em seus vídeos como a “blogueirinha do fim do mundo”, conta que a série leva essa necessidade de engajamento ao terreno do absurdo. “A Liv, como qualquer influenciadora, tenta mostrar uma vida perfeita, mas ela é vegana e se torna uma serial killer. Mas você não precisa ser uma influenciadora para editar a sua vida nas redes sociais e mostrar alguém que você não é”, opina.

Para Manuela, o humor pode ser usado como uma ferramenta para jogar luz a assuntos que nos incomodam. “A história é muito irônica, mesmo que ela envolva muita tensão e mortes. O humor ajuda a digerir e encarar essas situações violentas. E eu não consigo imaginar outra pessoa para viver a Liv do que a Maria. Ela já observava essa questão da positividade tóxica e da superficialidade das redes sociais”, explica.

*Com informações de Terra