Objetivo é desarticular núcleo financeiro responsável por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção, que atua para o PCC.

A PF foi às ruas na manhã desta segunda-feira para deflagrar a Operação Tempestade, que mira o núcleo financeiro de um grupo criminoso responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Trata-se da segunda fase da Operação Rei do Crime, que em setembro do ano passado bloqueou empresas que lavavam o dinheiro do PCC e apreendeu bens de luxo de criminosos da organização. Segundo informações do Coaf, o grupo investigado realizou operações financeiras atípica superior a 700 milhões de reais.

De acordo com a Polícia Federal, ao longo de quase um ano de investigação, os agentes identificaram alvos antigos de operações como a Zelotes, Navalha e Prato Feito. A operação identificou e obteve o sequestro de valores de aproximadamente 30 milhões de reais (em imóveis, veículos e interdição de seis empresas), além do bloqueio de aproximadamente 225 milhões de reais em contas das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Além da lavagem de dinheiro para o PCC, o grupo atualmente atuava para suspeitos de corrupção, principalmente com a entrega física de valores sacados em espécie.

A investigação também apontou um esquema de abertura de empresas fictícias, que depositavam dinheiro em uma instituição financeira de “fachada”. A operação busca cumprir quatro mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, interdição judicial de seis empresas, 22 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e dois escritórios de advocacia localizados em São Paulo, Tietê, Guarujá, Rio de Janeiro e Brasília. (VEJA)