Além de ser fortemente criticado pela orientação sexual, o ex-padre também recebeu represália pela quebra do celibato, obrigatório aos padres.

O padre norte-americano Jeffrey Burrill renunciou ao cargo religioso após ser alvo de investigações da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), de onde era membro administrador, pela descoberta de seu perfil pessoal no aplicativo Grindr, direcionado a comunidade LGBTQIA+. A informação é do portal UOL.

A acusação surgiu pelo Pillar, um portal de notícias religiosas dos EUA que reuniu supostas evidências físicas e virtuais de encontros de Jeffrey com outros homens, obtendo dados de seu celular e registros de participações em saunas gays. O rastreio de dados atribuiu os acessos ao aplicativo desde 2018, inclusive dentro de seu escritório na USCCB.

O afastamento do monsenhor — título concedido diretamente pelo papa pelos serviços prestados na comunidade — foi anunciado pelo arcebispo de Los Angeles, José Gomes, em carta direcionada ao National Catholic Reporter, explicando que a renúncia partiu unicamente de Jeffrey, que preferiu não atrapalhar ou associar a imagem das acusações com a instituição católica:

Na segunda (19), nós tomamos conhecimento de notícias iminentes alegando um possível comportamento impróprio do monsenhor Burrill. O que chegou a nós não incluia alegações de má conduta com menores. Mas mesmo assim, para evitar se tornar uma distração às operações e trabalhos na Conferência, o monsenhor renunciou imediatamente”.