O médico oncologista inicialmente seria ouvido na terça, mas seu depoimento foi remarcado.

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich, sucessor de Luiz Henrique Mandetta na pasta, prestará depoimento à CPI da Pandemia no Senado a partir das 10h desta quarta-feira, 5. O médico oncologista inicialmente seria ouvido na terça, mas seu depoimento foi remarcado. Ele será o segundo a depor na comissão.

Teich comandou o Ministério da Saúde entre os dias 17 de abril e 15 de maio de 2020. Ele deixou o cargo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre medidas a serem adotadas contra o coronavírus, como o uso da cloroquina, medicamento cientificamente ineficaz contra a Covid-19. Ele será ouvido na condição de testemunha.

Nesta terça-feira 4, os senadores ouviram, por mais de sete horas, o também exministro Mandetta. Ele confirmou os desencontros com Bolsonaro na condução de políticas de combate à pandemia e revelou que o presidente queria que a Anvisa alterasse a bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19. Pedido este negado pelo presidente do órgão, Antonio Barra Torres.

Mandetta disse ainda que Bolsonaro tinha um “assessoramento paralelo” para assuntos relacionados à pandemia, o que deve fazer com que Carlos Bolsonaro, segundo filho do presidente, seja convocado para depor na CPI.

Já o também ex-ministro Eduardo Pazuello, que comandou a pasta em grande parte da pandemia, de maio de 2020 a março de 2021, alegou ter tido contato com militares que testaram positivo para Covid-19 e, por isso, seu depoimento foi adiado desta quarta-feira para o dia 19 de maio. (VEJA)