Após prestar esclarecimentos na delegacia, a mulher identificada como Rita de Cássia foi liberada, mas um inquérito foi instaurado. IMAGEM: Reprodução

Uma mulher de 25 anos ameaçou enforcar e matar a própria filha, de apenas 8 meses de idade, com um cinto. O caso aconteceu no bairro Feu Rosa, no município da Serra, Espírito Santo, e a própria mulher gravou as agressões para enviar ao pai da menina.

As imagens são fortes e revoltantes. O vídeo circulou nas redes sociais e foi gravado, segundo a avó da criança, na última segunda-feira (5).

No início da gravação a neném aparece segurando um cinto de roupa. Em seguida, a imagem fica escura e só dá para ouvir o choro da menina.

As investigações apontam que a mulher afivela o cinto no pescoço da criança e enforca a menina. A avó da criança não quis se identificar, mas relatou que a filha sofre de problemas psicológicos e financeiros.

Após a repercussão do vídeo, o Conselho Tutelar da Serra recebeu a denúncia de maus-tratos e acionou a Policia Militar. A mulher, identificada como Rita de Cássia, foi localizada e encaminhada pelos policiais para a Delegacia Regional do município.

Para o Conselho Tutelar, ela explicou que gravou o vídeo porque estava prestes a ser despejada da casa onde mora por não pagar aluguel. Segundo familiares, o intuito das imagens era cobrar o valor ao pai da bebê, que está trabalhando no interior do Espírito Santo e não envia dinheiro há pelo menos dois meses.

Após prestar esclarecimentos na delegacia, a mulher foi liberada, mas um inquérito foi instaurado. Ela tentou sair escondida do Departamento de Polícia Judiciária, mas foi flagrada pela equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV.

A bebê e os outros dois irmãos de 6 e 4 anos ficarão sob a guarda da avó materna.

Em nota, a Polícia Civil informou que a mãe do bebê foi conduzida à Delegacia Regional de Serra, onde foi ouvida e liberada após o autoridade policial entender que não haviam elementos suficientes para lavrar um auto de prisão em flagrante naquele momento.

A autoridade policial fez o encaminhamento para que o bebê fosse levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para realizar o exame de corpo de delito.

O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) para uma melhor apuração dos fatos. (FOLHA VITÓRIA)