Foto: Luciano Lima

DA REDAÇÃO – O comércio está fechado. Graças a uma decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas, o Governo do Estado publicou um decreto que suspende as atividades não essenciais pelo prazo de 15 dias para tentar conter o acentuado crescimento dos casos de Covid-19.

Os restaurantes estão funcionando somente nas modalidades delivery, drive-thru e coleta, o que, na prática, gera aberrações, como trabalhadores de atividades essenciais que não contam com refeitório nas suas respectivas empresas e precisam se alimentar no horário do almoço, a solução é comprar a quentinha e comer sentado do lado de fora do restaurante, será que isso é uma boa forma de prevenir o vírus?

É óbvio que a situação é grave, o Amazonas está prestes a igualar as marcas de óbitos registradas nos meses de abril e maio de 2020, pico da pandemia na região, algo precisava ser feito, por isso, apesar das ressalvas em relação aos restaurantes, a medida judicial se faz mais do que necessária.

Há pouco mais de uma semana quando o Governo do Estado quis determinar o fechamento das atividades não essenciais, manifestantes se aglomeraram nas ruas do Centro da capital para protestar contra o fechamento do comércio, em um episódio vergonhoso.

Na verdade, seria mais útil protestar contra a parcela mais irresponsável da população manauara, que ignora os repetidos avisos para evitar aglomerações, protestar contra aqueles que se recusam a usar mascara, ou a usam deixando o nariz de fora, e protestar principalmente contra aquelas pessoas que não levam a sério esse momento difícil que Manaus, o Amazonas e o Brasil está vivendo.

Caso esses protestos fossem genuínos, surtissem efeito e os irresponsáveis se conscientizassem verdadeiramente, aí essa medida judicial que determinou o fechamento do comércio talvez não fosse necessária.

Reportagem: Luciano Lima