(Foto: Bruno Kelly/FAS)

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), por meio do Programa Saúde na Floresta (PSF), viabilizou 1057 atendimentos de telessaúde para ribeirinhos e indígenas de comunidades remotas do Amazonas em 2021. A iniciativa tem o objetivo de cuidar da saúde das populações tradicionais, por meio de estratégias como procedimentos de segurança, higiene e qualificação do acesso aos serviços essenciais de saúde.

Além dos teleatendimentos, o PSF promoveu a formação de 744 profissionais de saúde como Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Indígenas de Saúde (AIS). Esses profissionais participaram de cursos como “Boas Práticas em Parto Humanizado”, “Formação da Primeira Infância Ribeirinha” e “Práticas Educativas em Saúde”, por exemplo. Ao todo, foram realizadas 735 teleorientações e webpalestras educacionais.

“O telessaúde trouxe vários benefícios para nossa comunidade, pois quando a gente entra em contato com eles pelo computador, os profissionais da saúde estão sempre de prontidão para atender. Como a gente mora a 10 horas de barco da cidade mais próxima, o atendimento de saúde ficou mais próximo da gente”, disse o presidente da Comunidade Boa Vista do Calafate, Edvan Ferreira, que fica no município de Maraã (a 633 quilômetros de distância de Manaus). As ações do telessaúde acontecem em parceria com a empresa JBS.

Por meio da telessaúde, as pessoas recebem atenção básica nas especialidades médica, de enfermagem e de psicologia. Para que esse trabalho seja realizado, as comunidades têm o apoio de 95 pontos de conectividade, instalados em 29 municípios, 22 Unidades de Conservação (UCs) e 16 Terras Indígenas (TIs).

“Os pontos de teleatendimento são um dos grandes avanços do programa neste ano. Antes, quando chegava atendimento médico na comunidade, era apenas uma especialidade, geralmente um clínico geral. Hoje eles já conseguem ter atendimento psicológico, médico e de enfermagem. Foi um avanço considerável, porque essa plataforma possibilitou qualificar os ACS e levar um atendimento mais adequado a esses locais”, explica a Superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia Solidade.

De acordo com a superintendente, o principal impacto do Programa Saúde na Floresta é levar atendimento qualificado a lugares mais remotos. “Um exemplo é a Resex [Reserva Extrativista] do Rio Gregório, onde o principal meio de comunicação ainda era o rádio e hoje já conta com ponto de conectividade e atendimento em saúde. Ter mais de mil atendimentos é um impacto muito expressivo para a saúde comunitária”, afirma Valcléia.

*Com informações da assessoria