Danilo Xavier, de 30 anos, morreu após descarga elétrica ; segundo mulher do estudante, não chovia no momento do acidente. IMAGEM: Reprodução/Arquivo Pessoal

O técnico em informática e estudante de direito Danilo Maurício Alves Xavier, de 30 anos, morreu após receber uma descarga elétrica enquanto usava um fone de ouvido ligado ao computador.

O caso aconteceu em Nova América, cidade a 245 km de Goiânia, na manhã de sábado (3). A mulher do rapaz, que é técnica em enfermagem, relatou que o marido estava em um dos quartos usando o aparelho para estudar quando sofreu o incidente. Os fones que ele usava ficaram totalmente queimados.

“Eu estava no quarto com nosso filho de dois anos, quando meus dois filhos mais velhos chegaram pedindo socorro e dizendo que o Danilo havia levado um choque. Saí correndo e, ao entrar no quarto em que ele estava, já o encontrei em parada cardíaca”, lembra Adriana Oliveira, de 32 anos.

Ainda segundo ela, no momento do acidente o irmão do estudante estava no quarto e, ao perceber que ele estava recebendo uma descarga elétrica, tirou o computador da tomada.

“Meu cunhado tirou o computador da tomada e os fones do ouvido do Danilo, além de deitá-lo no chão”, acrescentou a mulher.

Enquanto aguardava a chegada da ambulância, Adriana realizou manobras de primeiros socorros no marido.

“Por ser técnica de enfermagem eu tenho alguns conhecimentos e fiz respiração boca a boca, e tentei manobras de reanimação”, detalhou.

O técnico em informática chegou a ser socorrido com vida e levado para a Unidade Básica de Saúde (UBS), mas não resistiu.

O corpo de Danilo foi velado e sepultado na noite de sábado. Ele deixa a esposa e o filho de 2 anos.

O caso foi registrado na Polícia Civil e a perícia vai investigar o que aconteceu. O fone de ouvido usado por Danilo foi recolhido e o laudo deve ficar pronto em 30 dias.

“Não estava chovendo, não haviam raios, não sabemos o que pode ter acontecido. Foi uma tragédia. Ainda estou tentando entender tudo o que aconteceu”, afirmou Adriana.

Ela ainda lamenta que o marido não tenha realizado o sonho de se formar em direito e se tornar promotor de Justiça.

“Ele era muito inteligente e se esforçava para conciliar o trabalho com os estudos, mas era o sonho dele e ele se dedicava muito a isso. Não tenho dúvidas de que ele conseguiria”, concluiu.