Imagem: Placas do Entorno/Arte

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), poderá determinar a exigência de comprovantes de residência de pessoas a serem vacinadas, após a invasão verificada nesta sábado (27), em diversos postos, de moradores de estados vizinhos.

Ele foi informado inclusive que houve postos de vacinação onde faixas etárias foram superadas em 122%, isto é, a invasão de pessoas de outros estados, sobretudo Goiás, onde a vacinação é deficitária, provocou acréscimo excessivo ao total estimado, e com sobra, para os grupos de vacinação previstos no DF.

Ibaneis se vê diante de duas opções: determinar a exigência de comprovante de residência no Distrito Federal ou o Ministério da Saúde aumentar o número de vacinadas para a Secretaria de Saúde local.

O objetivo das providências é não permitir a falta de doses, neste domingo (28) para os profissionais de saúde agendados e também para os idosos de 67 e 68 anos, que estão sendo vacinados.

A presença maciça de pessoas oriundas do Entorno e até de outras cidades mais distantes, como a capital mineira Belo Horizonte, provocou a desorganização do esquema de vacinação.

Na cidade do Gama, 40% dos vacinados hoje moradores de cidades do Entorno.

Além dos problemas causados pela invasão, têm ocorridos casos de “carteiradas”, na tentativa de furar a fila de vacinação.

Vacina ‘de qualquer jeito’

A Secretaria de Saúde recebeu inclusive denúncia envolvendo quatro rapazes que se apresentaram como agentes da Polícia Federal exigindo serem vacinados, numa demonstração da ansiedade por imunização que toma conta de toda a sociedade.

O caso envolvendo policiais federais ocorreu no posto de vacinação do Terraço Shopping, no setor Sudoeste. Segundo relato do pessoal envolvido, do laboratório Exame, “eles queriam ser vacinados de qualquer jeito.” Eles foram fotografados pelo pessoal do posto de vacinação no estacionamento do shopping.

Pessoas que estavam do posto de vacinação fotografaram os policiais. FOTO: Divulgação

A enfermeira responsável pelo posto explicou que ele não tinham direito nem mesmo à chamada “xepa”, como é chamada a sobra de vacina no final do dia de imunização.

Apesar da explicação, os policiais “ficaram fazendo pressão”, a responsável pelo posto de vacinação foi irredutível. (DIÁRIO DO PODER)