Ex-prefeito e ex-vice-prefeito de Presidente Figueiredo, entre outros servidores públicos e empresários, também são investigados. (Foto: Patrick Marques/Arquivo pessoal)

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Civil, cumprem 13 mandados de busca e apreensão e 12 de buscas pessoais nas cidades de Presidente Figueiredo, Parintins e Manaus, nesta segunda-feira (15). As ações fazem parte da Operação Cachoeira Limpa, que investiga crimes de fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. As informações são do G1.

Entre os alvos estão o deputado estadual Saullo Velame Vianna, o ex-prefeito de Presidente Figueiredo Romeiro José Costeira Mendonça (2017 a 2020), o ex-vice-prefeito Mário Jorge Bulbol Abrahão, o ex-secretário de finanças Jander de Melo Lobato, o ex-presidente da comissão permanente de licitação Jender de Melo Lobato, entre outros servidores públicos e empresários.

Segundo o Ministério Público, o grupo é suspeito de fraudar processos de licitação. Eles teriam causado um prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos do município de Presidente Figueiredo durante gestão que se encerrou em dezembro do ano passado.

Ainda de acordo com o MP, para dissimular o desvio do dinheiro público, os integrantes da organização abriam pessoas jurídicas em Manaus em nome de laranjas, controladas pelo deputado Saullo Vianna. Na época, Vianna era cunhado do então vice-prefeito Mário Abrahão.

Relatórios financeiros obtidos com a quebra do sigilo bancário, autorizada pela Justiça, revelam relação financeira suspeita entre as empresas que participaram das licitações em Presidente Figueiredo. Além das empresas pagarem as contas uma das outras, todas pagam contas pessoais do deputado Saullo Viana e de sua mãe.

Além dos pedidos de busca e apreensão e buscas pessoais, o Ministério Público solicitou a prisão e o afastamento do cargo de Saullo Vianna e a prisão de outros suspeitos, mas a Justiça negou os pedidos.

Em nota, o deputado Saullo Vianna afirmou que está à disposição para colaborar e que nenhuma acusação foi comprovada. Afirma que uma de suas atribuições como deputado é fiscalizar a aplicação do dinheiro público e que tem sido vigilante nessa função, atuando em defesa dos cidadãos. O texto informa ainda que a minha equipe jurídica do deputado foi acionada para que tome conhecimento da investigação e possa colaborar para que tudo seja esclarecido.

Os outros investigados ainda não se posicionaram.