Um especialista em pediatria que assessora o governo britânico defendeu que não há evidências científicas suficientes que justifiquem a vacinação de crianças contra a Covid-19. FOTO: REUTERS

Adam Finn, membro do Comitê de Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI, na sigla em Inglês) enquanto especialista em pediatria da Universidade de Bristol, defendeu que não há evidências científicas suficientes que justifiquem a vacinação de crianças contra a Covid-19. As crianças, justificou à Sky News, são “menos infeciosas do que os adultos” e o seu risco perante o vírus é “extremamente baixo”.

Na segunda-feira, o Comitê de Vacinação e Imunização do Reino Unido recomendou que crianças com idade entre 12 e 15 anos só sejam vacinadas se forem clinicamente vulneráveis ​​ou viveram com alguém que o seja.

Esta decisão, indicou o especialista ao meio de comunicação britânico, foi tomada porque não há indicadores que sugiram que os benefícios da vacina nas crianças sejam superiores aos riscos.

“O risco para as crianças é extremamente baixo. Ao contrário de outros vírus, como a gripe, as crianças ficam menos doentes e são menos infeciosas do que os adultos”, vincou.

Questionado sobre a possibilidade de vacinar as crianças para evitar que sejam agentes de transmissão do vírus, o especialista defendeu que “não podemos imunizá-las apenas para o benefício dos adultos se não estivermos a beneficiar as próprias crianças”.