De quebra, Lionel Messi, um dos melhores futebolistas de todos os tempos, atinge o seu maior objetivo: ganhar um torneio de expressão com a Albiceleste. FOTO: André Coelho / EFE

A seleção argentina surpreendeu, venceu o Brasil por 1 a 0 e faturou o título da Copa América, na noite deste sábado, 10, em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro. Di María, ainda no primeiro tempo, marcou para o time comandado por Lionel Scaloni. Desta forma, a Argentina sai de uma fila de 28 anos sem conquistar algo – a edição do torneio sul-americano de 1993 havia sido o último troféu levantado. De quebra, Lionel Messi, um dos melhores futebolistas de todos os tempos, atinge o seu maior objetivo: ganhar um torneio de expressão com a Albiceleste. A seleção brasileira, por sua vez, perde a primeira Copa América sendo o anfitrião e revê, de alguma forma, o fantasma do “Maracanazo”, quando a Canarinho foi derrotada pelo Uruguai, também no tradicional estádio carioca, na Copa do Mundo de 1950.

Com o resultado, a Argentina também se torna a maior campeã da história da competição, igualando o Uruguai com 15 títulos – os “hermanos” também levantaram a taça nas edições de 1921, 1925, 1927, 1929, 1937, 1941, 1945, 1946, 1947, 1955, 1957, 1959, 1991 e 1993. Terceiro maior vencedor com 9 troféus, o Brasil ainda está à frente de Paraguai (2), Chile (2) e Peru (2), além de Colômbia (1) e Bolívia (1). Equador e Venezuela, as outras duas seleções que disputaram esta Copa América, ainda não ganharam o campeonato organizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O primeiro tempo foi truncado, brigado e com poucas chances claras de gol. Até os dez minutos iniciais, para se ter uma ideia, ninguém tinha finalizado ainda. Com Neymar e Messi bem marcados, coube então a outro excelente jogador, o meio-campista Ángel Dí María, fazer a diferença. Atuando pelo lado direito, o atleta do PSG passou a dar trabalho para Renan Lodi ao ser bastante acionado. Aos 21 minutos, a aposta do técnico Lionel Scaloni deu certo. Di María recebeu excelente lançamento de Rodrigo De Paul, dominou e encobriu o goleiro Ederson com muita categoria. Acuado, o Brasil não esboçou poder de resposta. Cebolinha, em chute fraco amortecido pela defesa, foi o único que tentou, mas não incomodou Emiliano Martínez.

Incomodado com o desempenho da seleção, Tite fez uma alteração tática no intervalo, promovendo a entrada de Roberto Firmino na vaga de Fred. Assim, o Brasil passou a incomodar mais, utilizando o lado direito, onde estava o Richarlison. O “Pombo”, como é conhecido, chegou a empatar a partida, mas o auxiliar pegou impedimento na jogada. Com o passar do tempo, no entanto, a partida foi se equilibrando e tornando a partida imprevisível. Gabigol, que tinha acabado de entrar, fez Emiliano Martínez praticar excelente defesa. Já Messi e De Paul, no apagar das luzes, pararam em Ederson. No fim, os argentinos presentes no Maracanã puderam comemorar um título após 28 anos. (JP)