Ato adotado pela Prefeitura de Alegrete virou alvo do Ministério Público, que pediu esclarecimentos ao poder Executivo municipal.

A Prefeitura de Alegrete, no Rio Grande do Sul, tornou-se alvo do Ministério Público gaúcho após decidir vacinar prioritariamente veterinários e educadores físicos contra a Covid-19. A decisão da gestão municipal virou polêmica porque a vacinação dos idosos da cidade que não moram em asilos ainda não foi iniciada.

Segundo a prefeitura da cidade, tais profissionais foram incluídos no grupo prioritário de imunização depois que 100% dos médicos na linha de frente de combate à Covid-19 receberam as primeiras doses. O poder público ainda justificou que os idosos moradores em asilos, outro grupo prioritário, também já foram todos vacinados.

O Plano Nacional de Vacinação feito pelo Ministério da Saúde coloca trabalhadores dos serviços de saúde na lista de grupos prioritários e inclui nessa categoria todos os que atuam em espaços e estabelecimentos de saúde, como hospitais, clínicas e laboratório, sejam eles profissionais da saúde ou trabalhadores de apoio.

A secretária de Saúde de Alegrete, Haracelli Fontoura, diz que as categorias de veterinários e educadores físicos constam na resolução 218, publicada pelo Ministério da Saúde em 1997, entre os profissionais da área.

– Baseada nessa resolução e no protocolo do estado, onde [se] fala em demais profissionais de saúde, [foi] que entraram esses profissionais – diz a secretária. Ela explica ainda que profissões como psicólogo, odontólogo e farmacêutico também já podem ser vacinados no município.

O Ministério Público do RS, porém, pediu explicações à prefeitura de Alegrete sobre o esgotamento ou não da vacinação dos subgrupos, mas ainda não obteve resposta formal. Nesta segunda (8), realizará uma reunião para esclarecer a questão.

O governo do estado, por sua vez, estabeleceu uma lista de prioridades entre os profissionais de saúde, para que os municípios ordenem a vacinação. Pelo documento, após concluída a vacinação dos profissionais da saúde na linha de frente de combate à Covid-19, de profissionais ambulatoriais, de laboratórios e de atenção básica, pode ser iniciada a vacinação de “demais profissionais de saúde”.