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Produção de 40 milhões de doses já no mês de maio e início da vacinação em julho. Estas são as expectativas do Governo de São Paulo para a ButanVac , vacina 100% brasileira desenvolvida pelo Instituto Butantan e apresentada pelo governador João Doria nesta sexta-feira (26). A informação é do IG.

No Anúncio, Doria explicou que fará a solicitação para o início do testes junto à Anvisa ainda nesta sexta para garantir que a fase 1 comece o mais cedo possível. A fala foi reforçada pelo diretor do instituto, Dimas Covas, que ressaltou a importância do aprendizado com a CoronaVac, produzida junto ao laboratório chinês Sinovac, o que garantiu inovações para o barateamento do custo: “poderemos usar menores doses em cada pessoa, o que garantirá mais vacinas para a população”.

Covas ressaltou ainda a importância do desenvolvimento de uma vacina nacional para garantir “independência” ao Brasil e também auxiliar países mais pobres, o que é um “compromisso” do Butantan : “ela já foi produzida em escala piloto e está pronta para os testes clínicos. Os testes pré-clínicos realizados na Índia foram excelente”.

Ao pedir celeridade no processo de análise da Anvisa, Doria ressaltou que o “censo de urgência é o censo de respeito de milhões de brasileiros que precisam de mais vacina”. Na sequência, afirmou que a OMS também receberá ainda hoje todos os certificados e protocolos da Butanvac, para garantir que o calendário planejado seja respeitado e o processo de vacinação possa ocorrer já em julho.

Voluntários e investimentos

Na sequência, o diretor do Butantan revelou mais dois detalhes sobre a ButanVac. Em um primeiro momento, adultos com mais de 18 anos poderão se candidatar para a participação voluntária nos testes da primeira fase, mas que isso poderá ser aberto a quem não está sendo vacinado pelo programa nacional de vacinação: “quem não estiver, poderá se candidatar nesse estudo”.

Além disso, ao ser questionado por um dos jornalistas presentes no evento, Covas afirmou que todo o investimento para a produção da ButanVac vem do próprio instituto e do Governo do Estado de São Paulo, sem qualquer participação do Ministério da Saúde e do Governo Federal.