FOTO: Agência Senado

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) desmentiu, nesta quarta-feira (19/05), a informação prestada pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Pandemia de que as unidades de saúde de Manaus (AM) ficaram somente três dias sem oxigênio ao longo de janeiro, período em que a segunda onda da Covid-19 vitimava perto de 200 cidadãos por dia no Estado.

“Desculpe a expressão, mas é uma informação mentirosa. Não faltou oxigênio no Amazonas por apenas três dias, pelo amor de Deus!!!! Faltou oxigênio mais de 20 dias. O senhor estava lá (Manaus), assistiu com seus olhos os amazonenses morrerem por falta de oxigênio”, disse ele, que clamou por um posicionamento objetivo do ex-ministro. “Vamos deixar clara a responsabilidade do Governo do Estado, da Prefeitura e do Governo Federal.”

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Eduardo questionou o ministro sobre o dia em que o Amazonas registrou seu recorde de mortes ocasionadas pela falta de oxigênio aos pacientes de Covid-19. Diante do colegiado, Pazuello declarou que ocorreu entre 14 e 15 de janeiro, para, em seguida, ser desmentido pelo parlamentar amazonense. “Foi em 30 de janeiro”, declarou o senador, que lembrou, ainda, as datas em que chegaram as cargas do insumo para serem distribuídas, especialmente, na capital amazonense. “Do Ministério da Saúde, entre 24 e 25 de janeiro”, afirmou ele, que contou com informações adicionais do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP): “Da Venezuela, foi dia 20 de janeiro”.

Segundo Eduardo, o socorro imediato aos doentes de Covid-19 em Manaus foi prestado por artistas, como o cantor Gusttavo Lima e o humorista Paulo Gustavo, que faleceu devido a complicações da enfermidade no começo de maio.