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Sem citar nomes ou apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro acusou nesta quinta-feira três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de estarem articulando a derrubada da proposta em tramitação na Câmara dos Deputados que prevê a impressão do comprovante do voto das urnas eletrônicas.

“Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos eleições limpas. Se não tiver, vamos ter problemas no ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas no ano que vem”, disse.

“O voto auditável vai (sic) ter a certeza em quem o povo votar vai ser eleito. Como está aí, a fraude está escancarada e não vai ser só para presidente não, vai ser para governador, senador, fraude. Então se tem três do Supremo articulando para não ter o voto impresso, porque que eles estão preocupados com a judicialização”, emendou.

Procurado por meio de sua assessoria, o Supremo informou que não vai comentar as declarações de Bolsonaro.

Segundo o presidente, se o Congresso promulgar a proposta de emenda à Constituição, “vai ter voto impresso” na eleição do ano que vem.

Os três ministros do STF que compõem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –o presidente da corte eleitoral, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes– já manifestaram publicamente ressalvas à proposta do voto impresso.

A despeito da fala de Bolsonaro da suposta articulação do TSE, dirigentes de 11 partidos políticos –entre eles alguns que apoiam o governo– também se posicionaram contrários à iniciativa. (UOL)